Resenha: Se Eu Fechar os Olhos Agora - Edney Silvestre
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Editora Record. Páginas: 308 |
Eu adoro quando me surpreendo positivamente com
um livro. E esse livro me surpreendeu, e muito.
Primeiro romance do jornalista Edney (fora isso,
ele tinha escrito contos e crônicas), foi publicado em 2009 e teve um hype por ter ganhos vários prêmios importantes.
Provavelmente, esse livro vai voltar a ser hype
já que a Rede Globo lançará uma série para 2019. Com um elenco de peso, composto por Mariana Ximenes, Débora Falabella, Murilo
Benício, Antônio Fagundes, entre outros….
A princípio pensei que era um livro erótico,
talvez pelo nome me lembrar o filme do Kubrick, de 99, "De olhos bem fechados"
estrelado pela Australiana Nicole Kidman e por Tom Cruise (Sim, nada a ver
hahahahaha).
Depois pensei que era um livro AY estilo Marina do Zafón, mas, logo afastei a hipótese pelos temas
delicados abordados como racismo, machismo, abuso sexual, prostituição, relações
tóxicas, abuso de poder, ganância, chantagem, além dos palavrões e conotações
sexuais que o tornam um livro de romance policial adulto.
A história se passa no interior do Rio de Janeiro, nos anos 60. Com plano de fundo de acontecimentos importantes como a construção de Brasília, primeira viagem espacial e flashbacks sobre a ditadura Vargas.
Dito isso, vamos a história....
Paulo e Eduardo, são duas crianças que possuem uma amizade bem sincera. Eduardo tem uma família até que estruturada. Já Paulo, criado pelo pai e pelo irmão, sofre as agruras de um pai agressivo, num lar violento e um irmão que só pensa em sexo.
Até que, em um belo dia, ambos encontram uma mulher assassinada brutalmente com várias facadas, sem o pedaço do
seio e com as roupas em frangalhos (Sim, uma cena bem triste).
Aos poucos saberemos que a
mulher morta é Anita, uma mulher má- afamada, casada com um dentista que assume
a autoria do homicídio.
Com a "pulga" atrás
da orelha, sobre a resolução deste homicídio, os amigos Paulo e Eduardo
encontram a ajuda de um idoso, Ubiratan,para ajudar na investigação do crime.
Os personagens são um pouco unidimensionais, com exceção de Ubiratan que tem um arco bem triste envolvendo a ditadura Vargas.
A história vai se embrenhando por caminhos tortos e difíceis de engolir. As atitudes dos personagens são intragáveis.... Nossa Senhora, dá muita raiva hahaha. Eu gostei do final, apesar de ter umas pontas soltas sem resolução e a motivação de alguns personagens não faz muito sentido. Todavia, acredito que isso seja proposital para que haja discussão entre os leitores (Eu amo isso).
Vou parar por aqui, por ser um livro policial não quero estragar a leitura de quem o ler. Pois, vale muito a pena descobrir quem é o(a) assassino(a) da Anita (?) e se emocionar com o final melancólico.
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